Manter um relacionamento harmonioso e duradouro pode não ser a tarefa mais fácil do mundo. Na teoria, uma relação saudável precisa de ingredientes chaves como amor, afeto e sexualidade . Já na prática, nem sempre é bem assim. Lidar com a personalidade de outra pessoa requer paciência e compreensão. Mas, afinal, quais são os principais problemas dos casais?
Conforme o tempo passa, a habituação sexual pode interferir em um elemento fundamental na vida de um casal: o tesão. E agora, o que fazer quando o tesão acaba? Mais do que físico, a perda de tesão envolve questões psicológicas. “Pode estar ligada ao medo do compromisso, de perda de status ou receio de enfrentar os problemas cotidianos, imaturidade emocional , ”, explica. Por incrível que pareça, o problema é muito comum entre os jovens, o que gera um desconforto para ambas as partes. “É um sofrimento porque isso não ocorre ao mesmo tempo para os envolvidos. Geralmente, uma parte reclama e a outra se sente sem poder atrativo”. Na maioria dos casos de falta de apetite sexual, não existe nada de orgânico para se tratar, somente a parte emocional. Mas, se o amor acaba e só resta o tesão, isso caracteriza um relacionamento conturbado, com valores confusos. “Sem sentimentos uma relação não se sustenta. Pode até ter um forte apelo, mas, após algum tempo, vai ocorrer uma acomodação sexual”, diz.
A rotina pode esfriar uma relação. Muitas pessoas se sentem presas a relacionamentos que parecem sem futuro e não sabem se vale a pena insistir ou desistir. O sexólogo conta que essa é uma situação frequente e que, apesar de perceberem que não existe mais algo em comum, os casais se prendem por questões cotidianas. “Existem bens, filhos e toda uma dinâmica familiar que pode aprisionar a pessoa”. Segundo o especialista, os principais problemas dos casais envolvem sexo, traição, falta de objetivos dentro da relação e a dedicação prioritária para os filhos. A comunicação entre os parceiros é um fator fundamental para manter um vínculo forte. “É importante conversar sobre o que acontece na vida do casal e aprender a valorizar esse momento íntimo. O que não se pode fazer é ignorar ou menosprezar os sentimentos e, principalmente, engolir a dor”, indica. A famosa –e temida- DR (discussão de relação) pode ser a melhor forma para dar clareza aos assuntos. Salvar o relacionamento é um processo que acontece gradativamente, um passo de cada vez. “Cada um deve seguir com a própria vida, trabalho e objetivos. Dessa forma, ambos podem trazer o melhor de si para a parceria e terão mais força para superar problemas conjugais”.
Para preservar a chama acesa, não deixe que a ligação emocional se desfaça. Programas como sair para beber vinho em um parque, fazer um jantar a luz de velas , sair para tomar um sorvete, passear de mãos dadas, ver o pôr do sol juntinhos dão prioridade ao momento a dois. Além disso, mantenham sempre o bom humor. Se o parceiro quer afeto, faça ele se sentir especial. Diga “eu te amo” muitas vezes, de forma sincera e espontânea. Valorize os pequenos atos. Um simples abraço toda noite antes de dormir ou um carinhoso “sinto muito” durante uma discussão ajudam a aproximar o casal. Lembre-se do ditado que diz: Quando um não quer , dois não brigam
São detalhes que podem fazer a diferença entre o ressentimento e a felicidade. O apoio também é fundamental, seja ele emocional, físico ou espiritual. Incentive o outro com palavras e ações que mostrem o quanto você se preocupa com ele sem deixar de lado a realidade, pois quando o quadro relacional foge ao controle esta na hora de um profissional capacitado atuar com técnicas e exercícios apropriados que podem avaliar as possibilidades da continuidade relacional.