Inúmeros estudos e pesquisas sobre relacionamento , sexualidade e questão de gênero vêm demonstrando importantes mudanças de atitudes entre casais ( hétero e homossexuais ) no que diz respeito a fidelidade sexual. Estas mudanças afetam ambos os sexos e são motivadas por múltiplas questões.
Antes, a historia sobre a infidelidade masculina era paltada em cima de uma pretensa maior , natural, e até mesmo fisiológica necessidade do corpo masculino para extravasar a sexualidade em relação a pouca ou quase nenhuma necessidade sexual do feminino que era reprimido e enquadrado fora de papeis sociais que permitissem o livre arbitrio do exercício de uma sexualidade saudável .
Os anticoncepcionais orais , o mercado de trabalho e as conquistas femininas propiciaram para as mulheres direitos sócio sexuais que derrubaram a pretensa e falsa supremacia biológica do gênero masculino , afastando-as de papeis secundários da vida conjugal para sempre.
O homem contemporâneo ao contrario de seu antecessor ( fixado no papel isolado de macho alfa ) afasta-se da supremacia fálica, pois percebe que não existe sexo forte .A relação conjugal no século XXI passa a dividir entre os casais ( homo/hétero ) responsabilidades , objetivos e metas possíveis e estipuladas para o gozo desejado.
Recente pesquisa publicada na revista especializada Social Psychology Quarterly demonstra que homens monogâmicos seriam mais inteligentes ao contrario daqueles que traem as esposas e que teriam Q.I. mais baixo . De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Econômicas, Satoshi Kanazawa, “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.
Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos. Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto
De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.
Outra conclusão do estudo é que o comportamento “fiel” do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie. Sua teoria é baseada no conceito de que, ao longo da história evolucionária, os homens sempre foram “relativamente polígamos”, e que isso está mudando e que assumir uma relação de exclusividade sexual teria se tornado então uma “novidade evolucionária” e pessoas mais inteligentes estariam mais inclinadas a adotar novas práticas em termos evolucionários – ou seja, a se tornar “mais evoluídas”. Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução.
O médico sexólogo Dr Amaury Mendes Júnior pondera que para estabelecer um vinculo forte e estruturado dentro de qualquer relação, existe a necessidade de formar o triangulo de Sterberg ( sexo, afeto e objetivos ) para permitir maior resiliência e superar as naturais e necessárias crises que amadurecem e fortificam o vinculo amoroso