A idéia do gozo feminino foi durante séculos inadmissÃvel. A atitude sexual da mulher além de passiva ao desejo masculino estava condicionada a reprodução. Com os movimentos feministas, e a descoberta das pÃlulas contraceptivas em 1960 estes preconceitos machistas foram desmistificados.
Além disso, vários estudos a respeito da conduta sexual humana procuravam demonstrar que desejo, excitação e orgasmo sofriam influencias não somente do grau de excitação a que o corpo era exposto, mas também da pressão social que reprimia atitudes mais livres por parte das mulheres resultando em baixa autoestima.
Quando então o ginecologista Dr. Ernest Grafenberg publicou trabalho medico demonstrando a existência do ponto G (homenagem a seu nome) encontrado em 30% das mulheres e relacionado à possibilidade de orgasmos múltiplos. Este discreto espessamento da parede vaginal fica localizado a 3 cm da entrada e na parede anterior logo abaixo da bexiga sendo um local extremamente sensÃvel ao prazer quando estimulado adequadamente.
O ponto G teria origem embrionária nas primeiras 6 semanas quando ainda não ocorreu a indiferenciação sexual, derivando de resÃduos da próstata do homem atrofiada para o desenvolvimento do feto feminino. O estimulo e a percepção do toque nesta região produziria um discreto abaulamento na região além de sensação semelhante a necessidade urinaria e que evoluiria aos poucos para um prazer intenso, com a possibilidade de múltiplos orgasmos.
Todo ser humano nasce com um determinado potencial para o sexo e questões sociais, religiosas e familiares tanto podem estimular como também inibir a livre iniciativa para uma vida prazerosa onde o sexo seria vivenciado como forma de prazer e também como importante termômetro de saúde mental.
Porem ainda hoje, em pleno século XXI, com atitudes femininas mais desembaraçadas e erotizada, ainda encontramos resÃduos dos males causados pela castração emocional de séculos de repressão. O paradigma é que se antes o orgasmo era inadmissÃvel para as ditas mulheres casadas e sérias, este agora passa a ser obrigatório, sendo consideradas doentes e inadequadas à quelas que não obtivessem.
Assim a manipulação ainda se faz presente na vida de muitas mulheres que ainda hoje preferem fingir prazer ao invés de deixar as sensações fluÃrem ao ritmo das sensações possÃveis dentro do relacionamento
Podemos concluir que existem inúmeros pontos eróticos e possÃveis de prazer na grande maioria das mulheres porem que necessitam do próprio desprendimento e autorização do emocional para que possam ser explorados de forma intensa e feliz