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Falta de libido e anorgasmia são as principais queixas de mulheres Investimento nas relações

A falta de libido é a principal queixa de 65% das mulheres que procuram ajuda médica no Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

De acordo com levantamento da instituição, além da falta de desejo sexual, 23% das mulheres disseram sofrer de anorgasmia (incapacidade de atingir o orgasmo).

Segundo a sexóloga coordenadora do ambulatório, Elsa Gay, as causas da falta de libido são várias, estando relacionadas, principalmente, ao modo de vida das mulheres.

libido

“Hoje as mulheres desenvolvem vários papéis e, em primeiro lugar, está o papel profissional, papel de mãe, de irmã, e de tia. E o papel de amante é o último no plano de prioridade.

A sexóloga aponta outros fatores que podem afetar a libido: estresse, cirurgias, conflitos no relacionamento, a monotonia conjugal, e a “síndrome da porta giratória” – quando um filho volta a morar em casa e passa a atrapalhar a dinâmica do casal.

No ambulatório do hospital as pacientes podem se submeter a uma terapia comportamental em grupo.
O tratamento leva oito semanas e os resultados dependem de como a mulher lida com a sexualidade, com o desejo, o medo, com o corpo e com as fantasias. Segundo a sexóloga, durante o tratamento, a mulher aprende a investir nos relacionamentos e a trabalhar a sexualidade.

“Uma vez que ela passe a conhecer os pontos nos quais tem uma sensação mais prazerosa, ela vai saber comunicar a seu parceiro e poder negociar. E não fazer sexo por obrigação” ressalta.

O Dr. Amaury Mendes Junior, médico sexólogo, ressalta que a maioria das mulheres, não valoriza o hábito do autoerotismo ao contrario dos homens que desde cedo são estimulados ao contato físico e desta forma são mais desinibidos com o próprio corpo.