Apesar dos avanços registados nas duas últimas décadas, a abordagem e a criação de condições para a sexualidade na deficiência continuam a ser prejudicadas pelo preconceito.
As instituições sociais que acolhem pessoas portadoras de deficiências têm vindo a abrir a pestana para as necessidades dos utentes, mas ainda existe um certo tabu quando se fala em sexualidade e deficiência, fruto do preconceito, silêncio e omissão, afirmou esta quinta-feira, 2 de junho, em Fátima, o psicólogo clÃnico e sexólogo, Jorge Cardoso.Convidado a falar do tema numas jornadas promovidas pelo Centro João Paulo II, o especialista defendeu que é preciso desconstruir algumas ideias feitas, sobretudo aquela que se transmite com frequência à s pessoas com deficiência – como o demonstrou com o recurso a vários testemunhos – que o melhor é esquecerem [a questão da sexualidade] para a vida.
Por outro lado, o estigma lançado sobre os deficientes, de que podem ser perigosos sexualmente, é exagerado. Eles só querem afeto e ternura, sublinhou, por sua vez, Manuel Miranda, professor aposentado e investigador assumido das questões relacionadas com o direito à sexualidade da pessoa com deficiência.
Para o docente, já começam a ver-se escolas com programas para a inclusão, mas os alunos com deficiência ainda são excluÃdos, quando a inclusão é uma questão pedagógica e de direitos.
Fonte: http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=34681&sec=7